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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

As mulheres precisam avançar ainda mais





No dia 25 de outubro de 2010  participei de uma reunião do PPL – Partido Pátria Livre - e com outras lideranças de Goiás e de Brasília em apoio ao candidato ao Governo do Estado, com Iris  e à Presidência, com Dilma. Às 15 horas do mesmo dia participei de outra reunião com mulheres de liderança do PMDB de Goiás. São mulheres que lutam por um BRASIL  melhor, mas ainda precisamos avançar, pois precisamos ter muito mais conhecimento político-filosófico. Temos muita FORÇA, DETERMINAÇÃO E VONTADE POLÍTICA, mas Goiás é ainda um estado emergente, marcado por política machista e discriminatória . Por isso, queridas companheiras, posso afirmar que o machismo não vem somente dos homens, mas também das mulheres que não votam em outra mulher. Tal preconceito se evidencia quando muitas mulheres afirmam que  não conseguem nem mesmo cuidar de sua própria casa. Essa frase foi dita por uma outra mulher se referindo a Presidenciável Dilma Rousseff. Poucas pessoas sabem profundamente da história da guerrilha. Há um enorme desinteresse pela verdade dos fatos. Quantas vezes durante essa campanha ouvimos alguém dizer de forma extremamente    discriminatória que Dilma foi guerrilheira. Quantos homens que já se candidataram também foram guerrilheiros e isso nunca foi objeto de preconceito. A guerrilha foi de extrema importância para a democracia no Brasil, com resistência contra o terror imposto ao País pela ditadura militar fortemente armada e a serviço do imperialismo estadunidense. Portanto, tenho muito orgulho de uma mulher guerrilheira  disputar nessas eleições  a presidência do Brasil e enfrentar um político machista e arrogante. 

Pode ter certeza, companheira: O BRASIL NUNCA MAIS SERÁ O MESMO. Damos um salto enorme na história depois de Lula e a chegada da Dilma na Presidência do Brasil. Tenho a enorme alegria em conhecer mulheres guerreiras e de pensamentos avançados em todas as áreas da sociedade, mas ao conhecer os companheiros do PPL, tive a oportunidade de crescer politicamente, participando de debates avançados. Conheci homens de alma feminina e por eles  convidada e apoiada para ser PRESIDENTA DA FEDERAÇÃO DE MULHERES DO ESTADO DE GOIÁS. Esse mesmo espaço estará aberto a todas as mulheres que queiram conhecer um pouco mais da CIÊNCIA E DA PRÁTICA POLÍTICAS, para que, nas próximas eleições, nenhuma de nós seja flagrada fazendo comentários machistas e sem nenhuma profundidade. Por isso, companheiras: VAMOS FAZER PARTE DESSA HISTÓRIA, E NÃO APENAS ASSISTÍ-LA. Colocar uma mulher na Presidência da República significa nos libertarmos das amarras machistas que nos impuseram e olhar de forma mais positiva para as mulheres, principalmente aquelas que estão ao nosso lado trabalhando como domésticas até ao mais alto escalão da sociedade.

JUCILENE PEREIRA BARROS

domingo, 24 de outubro de 2010

Lamentavelmente a pesquisa confirma o que escrevi abaixo

Voto das mulheres ainda é calcanhar de aquiles para Dilma


UIRÁ MACHADO
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Assim como aconteceu com Lula nas cinco eleições presidenciais que disputou, as mulheres são o calcanhar de aquiles de Dilma Rousseff.

De acordo com cálculo do demógrafo José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, do IBGE, a candidata do PT teria sido eleita no primeiro turno não fosse o "gap" de gênero --a diferença de votos entre homens e mulheres.

Com base em 45 pesquisas eleitorais realizadas neste ano por Datafolha, Ibope, Vox Populi e Sensus, Alves acompanhou a diferença de intenção de voto entre o eleitorado masculino e o feminino ao longo da disputa.

De acordo com ele, a média das quatro últimas pesquisas realizadas antes do primeiro turno davam a Dilma 51% entre os homens e 43% entre as mulheres.

A diferença de oito pontos percentuais, diz o demógrafo, representou cerca de 4,2 milhões de votos.

Como Dilma teve 47,6 milhões de votos e precisava de pelo menos 50,85 milhões para ser eleita (considerando o mesmo universo de 101,6 milhões de votos válidos), "pode-se afirmar que foram as mulheres que jogaram as eleições para o segundo turno", diz Alves.

Apesar dos esforços da campanha, que direcionou ações específicas para seduzir o público feminino, o "gap" de gênero que valeu no primeiro turno permaneceu após o dia 3 de outubro.

Segundo a mais recente pesquisa Datafolha (dia 21), Dilma tem 55% de intenção de voto entre os homens e 45% entre as mulheres.

A diferença, de dez pontos percentuais, é maior --em termos proporcionais e absolutos-- que entre os eleitores de José Serra (PSDB). O tucano tem 38% entre as homens e 41% entre as mulheres.

ESTRATÉGIA

Para Alves, tudo leva a crer que, se Dilma ganhar, "será uma vitória liderada pelos homens", e, se Serra vencer, "liderada pelas mulheres". Trata-se de uma "guerra invertida entre os sexos".

O PT conhece de longa data a resistência do eleitorado feminino. Coordenadores da campanha de Dilma ouvidos pela Folha avaliam que está nas mulheres adultas, principalmente acima de 40 anos, o maior desafio da candidata neste segundo turno.

Segundo eles, essas eleitoras têm uma resistência maior a mudanças.

E, mesmo com o discurso de que Dilma representaria a "continuidade" do governo Lula, o simples fato de ser ela a primeira candidata à Presidência no país representaria um risco.

Por isso, na tentativa de formular um discurso para atrair o voto feminino, desde o início da campanha o partido exaltou características próprias do universo das mulheres, como o fato de Dilma ser "mãe" e, mais recentemente, "avó" --algo que desagradou a feministas.

Ainda focada nessa fatia do eleitorado, a campanha adotou como bordão a tese de que ela cuidará do povo com amor maternal. A estratégia será repetida à exaustão até o fim da campanha.

É que, na avaliação do PT, esse estrato do eleitorado --mulheres acima dos 40 anos que não declaram voto na petista-- será o último a decidir por um dos dois candidatos. E são os indecisos o grupo que pode alterar o rumo da eleição.

Para Alves, do IBGE, a estratégia da campanha petista deu certo na pretensão de associar a Lula o voto em Dilma. No entanto, diz ele, o preço foi a perda da autonomia feminina da candidata. A maioria vota nela não porque ela é mulher, mas "porque é a sucessora indicada pelo popular presidente".

Ele considera "simplistas" explicações como as de que mulheres são mais conservadoras ou a de "mulher vota em mulher": "o gênero opera no campo da cultura, e não no terreno da natureza". 

Fonte: Folha.com

sábado, 23 de outubro de 2010

As mulheres ainda não




Na terça-feira, dia 19 de outubro, fui ao comício encontrar com a presidenciável Dilma, com o Presidente Lula, com o candidato ao governo do Estado de Goiás, Iris Rezende e com inúmeras lideranças. Na volta retornei de carona com a Jornalista Roberta e uma estudante de jornalismo, ambas funcionárias de um partido da base do candidato ao governo do estado. Nós três concordamos que as mulheres são maioria em relação aos homens, que lutam para se eleger aos vários cargos, mas inda não lograram êxito como maioria. Pelo contrário, nessas eleições diminuiu o número de mulheres eleitas para cargos executivos e legislativos.
Percebo que ações morais graves cometidas pelos homens não repercutem tanto quanto quaisquer deslizes ou riscos de erros cometidos pelas mulheres. Por qualquer coisa se faz muito barulho como nos tempos medievais para condenar as mulheres à fogueira.
Concordamos, contudo, que com a eleição de Dilma como Presidenta do Brasil as mulheres serão enormemente reconhecidas e valorizadas. Como diz nossa candidata: assim como um operário eleito Presidente do Brasil não pode errar muito menos as mulheres poderão errar. Com Dilma à frente dos acertos no governo nós mulheres seremos muito valorizadas em nossas qualidades de lutas, de realizações e de enormes capacidades em tudo o que fizermos.
Por isso também nós mulheres temos mais uma razão para derrubar o mito de que mulher não vota em mulher. Lutar pela eleição de Dilma Rousseff é alavancar o projeto de desenvolvimento mais justo para o Brasil, onde haverá amplo e confortável espaço para nós, mulheres e para o povo que luta por mais qualidade de vida e por justiça social.

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