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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Projeto Compreender



     A Federação das Mulheres Goianas ao cumprimentá-los deseja convidá-los para o grupo de estudos e centro de pesquisa Compreender. O Compreender nasceu do desejo de se politizar, de nos tornar-nos mais críticas, termos mais capacidade de visualizar e analisar os problemas políticos, jurídicos, sociais, jusfilosóficos, e discutir isso com a sociedade e com os políticos sobre os problemas e principalmente soluções, que é o que mais estamos precisando.
    O Centro de Pesquisa vem complementar o grupo de estudos, e vem principalmente  tentar preencher o grande hiato na história da mulher goiana, há pouquíssimas pesquisas sobre ela, sobre sua história, sua cultura (em todos os aspectos, a gastronômica por exemplo é pouquíssimo explorada, inclusive para as cozinheiras de mão cheia o convite vem dobrado, precisamos de alguém que nos ajude a fazer um levantamento sobre isto) , sua psiquê, seu comportamento.
    Vamos tentar buscar nossas raízes, e contamos com vocês, qualquer pessoa está convidada a nos ajudar a construir esse projeto.
Convidamos você para estudar com a gente, filosofia política e jurídica, teoria geral do estado, sociologia geral e jurídica, antropologia, Direito, entre outros. Pessoas de qualquer idade e escolaridade estão convidadas!
    Como não somos só seres pensantes, sentimos também, junto com o Compreender temos o Projeto Abaré o nosso Sarau que acontecerá todo o último sábado do mês, venha expor suas poesias, seu canto, sua dança, ou apenas prestigiar nossos artistas.

Contamos sua presença
Abraços de todas as mulheres da Federação das Mulheres Goianas, junte-se a nós e torne-se uma de nós!

Contato: (62) 81008538 Kamilly Cordeiro
 Prof Jucilene (62) 81974859

domingo, 24 de abril de 2011

ABARÉ! O nosso mais novo projeto




    Abaré, do tupi-guarani, significa “amigo” , se pronuncia “aba - ré – rê”. Como nos sentimos seguros e acolhidos quando temos a certeza que temos amigos. Como a vida fica mais rica, mais bela, mais valorosa. Alargam-se horizontes, descobrimos coisas sobre nós mesmos e sobre os outros.
Amigos não de copo, de fim de semana, mas amigos de verdade, o laço profundo, conhecidos por acaso, mas, unidos pela escolha. Amigos que tornam o cotidiano mais doce, mais ameno, leve, fluído.
A Federação das Mulheres do estado de Goiás, e todas nós, individualmente, queremos agradecer a cada um que esteve presente no Sarau, que agora foi batizado de Abaré, em homenagem aos nossos amigos, a nossa amizade, que veio transformar nossas vidas, e o mundo afora, pois nossa amizade tem um caráter revolucionário, é o nosso revigorante quando a força falha, nosso porto seguro.
Agradeçemos ao Sandler que apesar das reclamações e crises foi a alma do Sarau, agradecemos a Gedeon, Ney e Franck por cederem sua linda casa, e nos acolherem tão gentilmente, agradecemos a Marly por ter ficado lá até o final nos agüentando, a Nábia, com sua doce presença, a Jucilene com seu senso de humor, sua energia, a Dinar com sua sabedoria e disposição, a Kamily pelas suas poesias, obrigada igualmente a todos! A noite foi agradabilíssima, que os próximos Saraus sejam ainda melhores! Um abraço a todos e todos os leitores de nosso blog sintam-se convidados a participar do nosso Sarau, para celebrar a vida, a arte, a militância, a poesia, e principalmente, a AMIZADE.

sábado, 23 de abril de 2011

Jesus e o comunista




Jesus deve estar muito decepcionado porque ele foi um revolucionário que lutou em prol do amor, da solidariedade, da empatia, e o nome dele é rebocado por essas religiões piegas, conservadoras, castradoras e massificadoras.
Não! Não somos contra a fé ou contra o cristianismo, mas somos a contra o que está sendo feito, a Igreja e a religião em geral virou mercado. Nós temos fé, mas acreditamos na fé transformadora, uma filosofia de vida revolucionária. Acreditamos em uma fé ativa, que brada por justiça nas comunidades, nas famílias, acreditamos em uma ética possível e não em uma moral que castra e pune manifestações normais da vida, que são puras por si mesmas, por serem naturais do homem.
Somos a favor de uma vida politizada, que olha para os que estão ao seu lado. Não a religião dos domingos, ou das quintas, o cristianismo apenas no momento da confissão ou da missa. Coisa da classe média, terço de madre pérola da mão, bíblia de baixo do outro braço, unhas muito bem feitas, roupas “de ver Deus”, joelhos no banco de mogno da Igreja, na mente sussurros, pedidos de perdão, por muito pouco tempo, as vezes tão pouco que é só a dona Fulana passar com aquela bolsa da Prada falsificada que o pseudo cristianismo começa a dar as mostras de sua falha.
O problema das religiões não está apenas nos líderes, mas está nos fiéis também.  Principalmente esses falsos puritanos citados acima, da classe média-mediana-medíocre. Classe média é só uma palavra para alienar burguês, uma classe enganada, manipulada, que acha que é dominante, mas é dominada.
Não podemos esquecer que há só dois tipos de classe, a dominante, e a dominada. Classe média foi um nome inventado para inflar o ego de quem também é escravizado, esse termo foi gentilmente abraçado por nossa sociedade cruel que fabrica zumbis, usuários do crack, que como afirma brilhantemente Leonardo Boff  deixa a maioria dos habitantes “se sentirem desenraizados culturalmente e alienados socialmente. Predomina a sociedade do espetáculo, do simulacro e do entretenimento”.  
Essas falsas religões interesseiras que manipulam não apenas a classe média, mas permeia toda a sociedade, somos mais contundentes com a classe média por ela se dizer mais ética e mais esclarecida. Se diz não tão alienada quanto  proletariado que virou “massa de manobra”, e não tão malvada quando a elite, mas “superior” porque se diz estar por cima porque tem tempo e dinheiro para se esclarecer, ouvir Chico Buarque, ler Nietzsche e Rimbaud, arrotar teorias e poesias pelos bares e bancos de universidades por aí. Mas, de pouco adianta se  não há ação, teorias de almanaque são apenas meras falácias, esclarecimento pouco adianta se é só para se “arrotar grandeza”.
E assim se formam os Silas Malafaias da vida, os Osvaldos Carvalhos, abusando da fragilidade humana, criando fortuna pessoal. Será que foi isso que Jesus ( se ele ao menos existiu, peloamordomonstrodoespaguettivoador) idealizou? Pastores, bispos, padres, preconceituosos, homofóbicos, criando conflitos de classes, conflitos internos, preconceitos religiosos, fanatismos, com seus conhecimentos rasos de religião e espiritualidade, com suas pregações truculentas, suas retóricas vazias, suas falácias.
Nesta páscoa cheia de manipulações, de discursos vazios e representações teatrais daremos nosso ovo de páscoa para Ernesto Che Guevara e seus companheiros de revolução, principalmente Alberto Granado, que andou 10 mil quilômetros em cima de La Poderosa II ( a motocicleta que nem se sabe como andava) com Che. Che e seus companheiros fizeram  a revolução em toda a América Latina.
No filme Diários de Motocicleta nos emocionou muito perceber a transformação de Alberto e principalmente de Ernesto Che Guevara, e o olhar sutil de Che fazendo uma leitura perfeita do mundo: que a hora da mudança é agora!
Che se embrenhou pela floresta Amazônica, e se encontrou com os leprosos e excluídos. A revolução da América Latina foi feita, mas a principal foi a interna, feita por Che e seus companheiros. Atualmente, precisamos de uma nova revolução, invisível, sub-reptícia. Nossos inimigos atuais são o Wilian Borner, a TV Globo, a Veja, os reitores das universidades, o aparelho burocrático ineficiente, e mais uma infinidade de atores que estão contra a sociedade e não a seu favor, que se mostram como portadores da verdade, mas na verdade estão escondendo da sociedade o que ela precisa saber.
Isso se reflete de forma contundente na educação. A privatização, ou melhor, a mercadologização da educação transformou a universidade em empresa, com clientela nenhum pouco seleta, muito menos exigente do produto, um campo de competição, com educadores, que nem podem ser chamados de educadores, porque não foram educados. Onde o interesse não é educar, e sim alienar.
Há alguns Che Guevaras modernos, perdidos por aí, tentando fazer uma revolução interna e externa, enquanto seus professores tentam tirá-los de seu caminho, de seu ideal. Conhecemos a Kamilly Cordeiro dos Santos, estudante de Direito, da universidade Uni-Anhanguera, com 20 anos, diretora executiva da Federação das Mulheres do Estado de Goiás, busca emancipar a si mesma, e a sociedade. Kamilly que como Che Guevara, busca sua revolução interna.
Antes os jovens da geração anos 60 e 70 lutaram contra armas e canhões, Kamilly luta contra teorias e falsas ideologias, munida de senso crítico, é heroína do anonimato, guerreira no cotidiano.

POESIA DE FERNÃO CAPELO GAIVOTA




Essa poesia foi repassado pelo nosso colega de curso Introdução aos Estudos Afro-brasileiros e Africanos, principalmente, amigo Sandler. A fala de Fernão Capelo Gaivota fez parte da minha vida. No dia 15 de outobro de 2009 me embarquei em uma aventura como Fernão e mergulhei fundo, bem fundo nas profundas do meu próprio mar, e tive que me separar do  bando, voei, voei,  voei e hoje estou me reunindo a um novo bando, e as vezes me sinto fraca como uma gaivota perdida, mas nesse bando tenho gaivotinhas poderosas, estamos pegando as pérolas do fundo do mar, restaurando nossas próprias consciências e nos empoderando a cada dia, por isto, nesse vôo quero agradecer a você amigo Sandler, por ter tido a sensibilidade de perceber a gaivota que sou, e me presentear com esta linda poesia e com o filme.
 Queremos dividir com vocês essa pérola da poesia brasileira, passada pelo Sandler:

Uma parte de mim é todo mundo...
Outra parte é ninguém, porém, fundo sem fundo... Giramundo...
Uma parte de mim é multidão...
Outra parte se diz apenas, incerteza, estranheza e solidão
Uma parte de mim vive a repetir...
A outra permite... Traduzir-se!
Mil vidas mil dias no meu clarim
Não há regras que se aplicam para mim.
Mas se não aprendeste a voar...
Então a esse mundo você deve retornar feliz
Feliz... pois eu sei que vou lhe ensinar...
Fará algo diferente que eu fiz....
E não deixe que espalham rumores sobre mim
Sou apenas uma gaivota... e gosto de voar...

desate esse nó de seu olhar... e verás que você já sabe... voar!

releitura do poema Traduzir-se de Ferreira Goulart e uma livre adaptação do conto Fernão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

A rapisódia de abril




Esse blog é novo. Pela primeira vez peço desculpas a vocês, leitores, e lhes solicito licença para falar de mim mesma e falando de mim mesma representar várias  famílias brasileiras que compartilham da mesma dor. Quem  de nós já não ouviu falar que há pessoas por aí que tem saudades da ditadura militar? Porém,  só tem saudades da ditadura aqueles que têm a alma de ditador.

Meu nome é Jucilene Pereira Barros, sou filha de Egídeo Pereira Belfforte e de Rosa Pereira Barros. Meu pai foi um jornalista boliviano, partiu da Bolívia para compartilhar com os companheiros da America Latina a discussão e a ação da Guerrilha do Araguaia, a minha mãe era uma jovem camponesa tocantinense, filha de um fazendeiro com um patrimônio considerável, mas que nunca tinha ouvido falar em revolução. Ledo engano: o meu avô Laurenço Barros Quiriba jamais pensou que a guerrilha do Araguaia, sem nem saber da sua existência, o mataria e dividiria sua vida ao meio e de todos da família. No dia 12 de abril foi aniversário do primeiro confronto armado da Guerrilha do Araguaia. Eu e a minha família, como muitas, não temos muitas coisas a comemorar como família, mas como brasileiros, sim. Porque a busca da democracia deixou-me e minhas duas irmãs órfãs de pai e mãe.  A princípio, o bárbaro coronel Curió autorizou o fuzilamento , a violência física e moral do meu pai e seus companheiros. Mas não bastava matá-los, era preciso violentar sua jovem mulher de apenas 24 anos na frente todos e ainda consta no processo o comentário dos bandidos a mando dos torturadores e da ditadura:  “Que pena que matamos a Rosinha do Araguaia. Ela é jovem e bonita, mas que pena que é uma comunista e tínhamos que executá-la”. Mas o monstro da ditadura não se conformava só em matar, era preciso acabar com tudo o que tinha em volta. Meu pai viu sua amada esposa ser abusada e morta diante dos seus olhos, mas ele conseguiu fugir com seus camaradas. Fez da sua dor fonte de mais força para lutar. Lutou por mais algum tempo dentro do belo Rio Araguaia, atravessando o rio de canoa, seguindo em frente com a guerrilha, 40 dias depois ele e seu companheiro Pablo Silveira foram amarrados em uma árvore sem roupas durante três dias. Quem conhece o Amazonas sabe o quanto o calor é úmido e desesperador.

A jovem Teresa de Benguela e seu grupo conseguiram salvá-los mas não foram adiante.  Foram mortos logo pelo sanguinário Curió. 

Faço parte de uma família de história igual a de  muitas e o rio de sangue dividiu nossas vidas, meu avô morreu de amargura, sem nunca ter ido à guerrilha, nós (eu e minhas irmãs) passamos a ser vítimas de preconceito em nossas escolas: quando fazíamos alguma traquinagem éramos destratadas e rapidamente nos diziam: “essas meninas não prestam, são filhas de comunistas”.

Quem conhece a violência na sua essência durante a  inocência de criança nunca mais será tão inocente. Travamos a nossa guerrilha interna na nossa vida afora. As minhas irmãs preferiram negar a nossa história e não tocar no assunto. Eu passo a minha vida procurando um significado para tudo o que aconteceu com o meu pai e o resto da minha família que o Rio mais amado que eu conheço, o mais mágico da minha infância, o Araguaia, partiu meu próprio rio interno ao meio. Como mulher passo a vida inconscientemente procurando meu pai em alguns relacionamentos afetivos fracassados que tive. Tanto que  agora resolvi partir para a luta, seguir a diante aquilo que meu pai começou, procurar minha libertação como  mulher e de outras mulheres como eu, que buscam a sua emancipação, embora tenham consciência que ela não existe, ela é só um insight, uma prefiguração do que precisa acontecer plenamente.

Outros ditadores cruzaram meu caminho nessa busca e dividiram minha vida ao meio. Filho da violência sabe a dor e a felicidade de ser ele mesmo. Agradeço todos os dias da minha vida por ser filho de Egídio Bellforte e de Rosa Barros e não do maldito sanguinário coronel que tem como prêmio da ditadura uma cidade nas margens do Rio Araguaia chamada Curiólândia, presente dos ditadores a ele. Eu ainda tive sorte porque sei onde meus pais e seus amigos foram enterrados e como eles morreram, muitas famílias  não sabem nem o que houve com seus entes queridos.

Essa realidade dramática custa muitos anos de psicanálise e muitos amores frustrados, porque os homens jamais me compreenderão. Esse é o Araguaia dos meus encantos e das minhas dores, a nascente da minha história.

P.S.: Nesse texto agradeço minha psicanalista Maria José Pitágora, que nunca me deixou perder a criança que há em mim, que acha que a felicidade é tomar banho no rio em noite de lua cheia e comer fruta no pé. Obrigada, querida Maria José Pitágora.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Profª Maria Helena encontrou Nemo para nós



Quem nunca assistiu “Procurando Nemo”? Parecia impossível encontrar o que ele procurava. As mulheres da FEDIM participaram da abertura do curso Introdução aos Estudos Africanos e Afro-brasileiros sob a coordenação da Prof. Maria Helena da Silva.
A profª Maria Helena quando ingressou na faculdade de História, parecia o Nemo, em busca de suas próprias raízes, não importando-se com quantos “nãos”  teve que ouvir, quantas portas bateram em seu rosto.
Ela continuou em busca, incansavelmente.  Buscou no oceano de si mesma deparando-se com várias pérolas, entre elas, a mais preciosa de todas as pérolas: o amor próprio, o orgulho de ser negra, o orgulho de ser. A partir daquele encontro esta negra bonita de alma rica por onde passa é como um poste de luz em noite de chuva. Todos os vagalumes param ali para observá-la. Esta mulher tem algo em comum com muitas outras mulheres que dedicaram a suas vidas a uma causa. Quem conhece Maria Helena sabe o sorriso que ela tem, o tempo que ainda arruma para cuidar de sua beleza, dançar e cuidar de todos que estão à sua volta.
Há pérolas e pérolas, falaremos agora de outra pérola, também negra, estudante de Direito, num tempo quando a juventude perdeu o olhar direcionado para o outro. Nossa pérola não esqueceu que é necessário cuidar da própria casa, mas é necessário, principalmente, cuidar do jardim do lado de fora. Pois sabe que para as coisas funcionarem no seu interior precisam funcionar lá fora, também.
A Samara, esta última jóia de quem escrevo aqui,  faz parte deste pequeno grupo que não se preocupa apenas com o espelho nem com a balada do sábado à noite. Ela tem a consciência de que o tempo dela é agora; almeja construir um Brasil onde não seja necessário perder tempo fazendo fóruns para discutir a Lei da Maioridade Penal, uma lei para colocar nossas crianças em cadeias. A Samara é nossa companheira de todas as áreas, parte da Federação, parte de nós.
Agradecemos de todo coração sua presença, Samara, e esperamos por mais Samaras, mais pérolas negras, jóias raras e preciosas, nesse oceano sujo e escuro.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ANIVERSÁRIO DA FEDIM





     Hoje a Federação das Mulheres de Goiás faz um ano. Nós que fazemos parte do projeto, vemos emocionados e deslumbrados o crescimento de uma criança, suas quedas, hesitações, mas também seus sorrisos, o brilho no olhar, a vontade e a iniciativa, que só as crianças possuem. A Federação não está calejada, mantém sua pureza, mesmo nos momentos de dificuldade segue cantando, rindo das auguras, não se deixa tolher, não se deixa vergar, apesar de ainda ser infante.
     Hoje a criança quer agradecer, todos e todas que a ajudaram, nutriram, ensinaram a andar. Seus pais e suas mães que lhe deram o sopro de vida. Sem esses homens e mulheres hoje ela não existiria, seria apenas mais um sonho não concretizado, um projeto que não saiu do papel, mais uma frustração no coração preguiçoso e angustiado do homem.
     O primeiro agradecimento vai ao Professor Orvandil, bispo da Igreja Anglicana e Professor de Filosofia, o mestre de Ciências Políticas com quem a Professora Jucilene (presidente da Federação das Mulheres de Goiás) comungou muitas discussões políticas regadas a chimarrão. Há um ano atrás ensinou a Jucilene o “bêabá” da política e a levou ao encontro dos amigos que ajudaram a levantar a F ederação que serão citados logo abaixo, e ainda lhe disse: “Você deve ao legado que seu pai deixou a luta pelas mulheres”.
     Deve-se jubilar José Nicolau Netho, diretor executivo do DCE da Universo, nosso presidente, o mais aguerrido dos homens que já a Federação já conheceu, um ser humano que nunca vimos reclamar e usar a palavra inalcançável. Nos momentos de lutas em que não vimos mais nenhuma porta aberta ele sempre nos disse “não é impossível“.
     O Laércio de quem somos fãs, coordenador de curso da OVG, formado em turismo. O mais inteligente dos amigos que já conhecemos com a sua doçura tímida e a voz suave.
     O Gedeon Coelho, estudante de jornalismo, militante do movimento negro, sempre disposto, cheio de iniciativa e de idéias, sempre de mangas arregaçadas, cheio de vida e entusiasmo, sempre à postos para proteger a criança.
     O Júlio Manoel, o recém chegado, psicólogo escolar e clínico, de coração sensível, mente aberta, um tanto vexado, mas muito meigo. Está na luta também, andando de mãos dadas com nossa criança.
     Me emociona muito falar das mulheres que tive a oportunidade de conhecer neste ano, mulheres que puderam dedicar sua vida a luta como Márcia Campos presidente da Federação Internacional das Mulheres, a Jane, presidente da Federação das Mulheres do Distrito Federal, a Glaucia Morelli presidente da Federação das Mulheres de São Paulo e a poetisa e militante política Beatriz Canabrava.
    Quero agradecer todas as mulheres goianas que estão na luta pelo estado de Goiás, citarei algumas e peço perdão as que não citarei: a Dona Nilza, presidente da MDC (Movimento das Donas de Casa), a professora Lucia Rincon e, claro, falarei das minhas colegas de Federação. Aquelas das quais eu me sinto mais próxima, queremos agradecer a todas as mulheres de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e as minhas parceiras de toda semana, como a Kênia Vieira, empresária, militante das causas humanas, Valdinar Trindade dos Santos Lemos, militante da federação, Anita Souza, Samara Cecílio, estudante do curso de Direito, sempre nos auxiliando, dando o máximo de si, cheia de idéias, a Kamilly Cordeiro dos Santos, poetisa, estudante de Direito, pesquisadora, a minha querida Nagyla Cristina, analista de rede, defensora da causa da mulher negra, e dos homossexuais, a Maria Helena, professora de história e presidente do Movimento Pérola Negra, e a  querida amiga de sempre, a confidente: a psicóloga Dionice Araújo, e suas lindas filhas Kamila e Caroline.
       Muito obrigada a vocês! A todos os homens que fazem parte do processo e os que não estiverem estão convidados a participar porque lutamos por uma sociedade igualitária de homens e mulheres, andando lado à lado. Um abraço enorme a todos que acreditam na FEDIM. Sintam-se abraçados por todas as mulheres espoliadas, discriminadas, excluídas, ainda que simbolicamente e pelas que lutam cotidianamente, incansáveis pela quebra das relações de dominação.

31/03/2011.
 

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