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domingo, 25 de dezembro de 2011

O massacre da história a contemporaneidade entre a mulher e agonização do regime capitalista



A experiência histórica sobre a mulher brasileira, demonstra que inclusive o proletariado que luta contra os opressores presta pouca atenção à opressão da mulher como dona de casa e esposa. Tão oprimente resulta o costume a respeito da escravidão familiar da mulher! Sem descanso, sem dias de festa, enquanto os outros fazem a festa ela trabalha, sem o menor raio de esperança! Só se pode modificar a situação da mulher desde suas raízes se se alterar todas as condições sociais, familiares e domésticas. A profundidade da questão põe de manifesto o fato de que a mulher é em essência um ponto vivo onde se cruzam as fibras decisivas do trabalho econômico e cultural. O problema da mãe é sobretudo o problema de uma casa, de água corrente, de uma cozinha, de uma lavanderia, de um restaurante, de um supermercado. Porém, também é o problema da escola, dos livros e de um lugar para o descanso. Os açoites do alcoolismo, das drogas e dos companheiros vitimizados caem sem piedade sobre a dona de casa e a mãe. O mesmo sucede com o desemprego e a ignorância. A água corrente e a eletricidade na casa aliviam a carga da mulher. O grande número de crianças e mulheres sem casa em nossos povos, alguns até morram nos lixões, é um terrível castigo, pelo fato de que todavia estamos nas redes da velha sociedade que nos apresenta sua face mais viciosa na época de sua decadência. A situação da mulher e da criança nunca foi tão difícil como nos anos de transição do velho para o novo. As facilidades de cuidado infantil, restaurante e lavanderia devem oferecer vantagens tais que desfazem a velha e fechada unidade familiar sustentada por completo nos ombros curvados da dona de casa. Os cuidados dos meninos em centros públicos e a alimentação em restaurantes comunais representa maior economia que nos gastos familiares. É impossível avançar deixando para tráz a mulher.... Da escravidão da mulher têm crescido preconceitos que penetram profundamente por todos os poros de nossa consciência nacional.  

 "A igualdade não formal, mas sim real, da mulher, só é possível num regime onde a mulher da classe operária seja dona de seus instrumentos de produção e distribuição, participando de sua administração e tendo a obrigação do trabalho nas mesmas condições que todos os membros da sociedade trabalhadora; ou seja, essa igualdade só é realizável depois da destruição do doente regime capitalista, o maior açoite da mulher, o chicote incansável, nesse novo modelo de família e sua substituição por formas econômicas comunistas." 

 "Por isso, a luta da mulher e do homem deve ser dirigida de forma inseparável." 

 "Toda relação da operária com o feminismo burguês e as alianças de classe debilitam as forças do proletariado e retardam a revolução social, impedindo assim a realização do comunismo e a libertação da mulher."

Nós mulheres só nos libertaremos, com a libertação de todo o povo, nos organizando em movimentos feministas, numa luta por igualdade, nos defendendo e nos politizando. Nos organizamos em núcleos territoriais em uma coordenação geral em bairros, vilas, em todas as áreas rurais e urbanas. Esta organização requer uma elevação da consciência de classe, requer a politização da mulher como uma questão chave na conquista de sua emancipação, ou seja, que ela participe massivamente das organizações combativas geradas por toda a sua classe, senhora e dona de sua história, independente de raça, credo ou opção sexual.

Por isso nosso programa de lutas da FMGO- Federação de Mulheres do Estado de Goiás está profundamente inserido nas lutas de todo o povo em geral e das mulheres em particular, porque elas enfrentam maiores obstáculos que os homens para participar da luta social. Aqui em Goiás na política nem mesmo somos vistas, a mulher faz a política dos bastidores. No campo e na cidade, uma luta se coloca como questão chave para a participação da mulher; a luta pela construção e manutenção de creches em horário integral para nossas crianças. 

Combatemos a cultura imperialista, que despeja sobre as jovens sua cultura da alienação, das drogas, da prostituição, da ditadura da moda mostrada pela Rede Globo de Televisão, dos shopping centers , modelos e de toda essa mídia safada e alienadora e das igrejas rasas de pregações baratas, com seus representantes demagogos e outras. Enfim, todo o conjunto de atitudes degeneradas divulgadas como demonstração de modernidade. Buscamos também desenvolver a Solidariedade Popular, isto é, buscar soluções coletivas para os problemas das famílias mais necessitadas e de nossas mulheres massacradas pela violência, contrapondo nossa ação à demagogia dos programas assistencialistas do Governo de Goiás, ditador, neoliberalista e suas instituições ideológicas auxiliares, que seguem a receita do imperialismo: empurrar para a miséria absoluta milhares de famílias e utilizar-se desses programas para garantir sua dominação, mantendo-as totalmente marginalizadas, empurradas dentro do sistema de transporte urbano, como gado no curral, economicamente dependentes, humilhadas pela esmola e incapacitadas de se organizarem para a luta.

Percebemos assim, que toda mulher é vitimizada, mesmo aquelas com mais consciência política, ainda assim se permitem aos açoites e sujeitam-se a algum tipo de violência e demagogia. Sendo assim a FMGO defende a organização classista e independente das massas. E viva ao fortalecimento da luta pelos direitos da mulher.

Sendo assim, eu Jucilene Pereira Barros, desejo um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, a todas as minhas companheiras que fazem parte da FMGO. Um Feliz Ano Novo, com muitos avanços em nossas lutas, queridas companheiras e companheiros que apoiam a causa da mulher. Nada é mais charmoso do que um homem feminista. E não nos esqueçamos que o machismo infelizmente não é uma doença só dos homens. Que nesse ano que se aproxima tenhamos a coragem de nos perguntar aonde está o nosso machismo e o que fazemos com nossas companheiras?

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