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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

As sementes da federação são lançadas com participação




Companheiras mulheres

Penso que a participação das mulheres em todos os espaços em defesa de nossos direitos é essencial. Nesse sentido, relato para as companheiras e amigas e aos homens também, duas  participações em eventos onde tratou-se fortemente de interesses e necessidades das mulheres.

1.    O debate sobre a saúde e a condição feminina em Goiás, que aconteceu nessa semana, dia 25 de novembro de 2010, na PUC/Go . Dele participei com muita alegria, principalmente por perceber o enorme interesse que a situação da mulher desperta em todos os setores da sociedade. O debate apenas levantado nessa campanha eleitoral se aprofunda e se estende, envolvendo muita gente. 

Entre os temas, a abordagem sobre a saúde sexual e o acompanhamento durante a gravidez mostra estatísticas espantosas sobre o abandono e os descasos sofridos pela grande maioria das mulheres. Poucas são as mulheres atendidas dignamente. As que mais morrem de parto não assistido corretamente, segundo comprovações das pesquisas, são as negras e as indígenas. 

Esse dado é a mais eloqüente afirmação de preconceitos contra as mulheres pobres, trabalhadoras e discriminadas. Há que arrancarmos nossas máscaras para percebermos os tristes preconceitos e lutarmos por nossos direitos.

Precisamos avançar ainda mais, companheiras. Um dos fatores que precisamos enfrentar em nós mesmas é o medo, que nos leva a fugir e a fecharmos os olhos para a marginalização para onde são empurradas muitas de nossas companheiras. Um problema para o qual não devemos nos omitir mais é o do aborto, tão discutido e debatido nessa campanha eleitoral à Presente da República. No nosso debate na PUC  transpareceu o equívoco em que caíram as religiões através de pastores, padres e bispos quando simplesmente condenaram o aborto sem conhecer a realidade das mulheres que são vítimas dessa violência. É preciso que nós, mulheres, procuremos os religiosos e lideranças e os ajudemos a entender a grave situação do aborto, enfrentando de modo justo e claro as necessidades das mulheres, longe de apedrejamentos, que só agravam o problema.

2. Na terça-feira, dia 24/11/10, participei de uma reunião com a professora Patrícia na Sociedade de Cultura de Goiás – Puc/Go. Tratamos de outro problema gritante: o tráfico de seres humanos.  São jovens que vão para a Europa e outros países para se prostituir e viver clandestinamente, passando por todos os tipos de humilhações,  em  busca de  sonhos dourados, que de dourados não têm nada. Trata-se de mulheres que perdem a dignidade, arrancadas do seio de suas famílias. São mulheres de todas as escalas sociais e não apenas as que não tiveram acesso à educação. E eu pergunto se aquelas mulheres são vítimas ou vilãs? Garanto que é falta de perspectiva de vida, de acesso à cultura e fruto de uma sociedade consumista e insensível.  

É preciso sonhar e lutar por uma sociedade cuja participação de todos nós nos torne responsáveis uns pelos outros e tirar a carga da mulher de só ela educar os filhos.

Minhas amigas, nesses dois eventos e na luta pela formação de nossa Federação de Mulheres Goianas afirma-se em nós a consciência de que é preciso formarmos uma sociedade onde pai e mãe educam os filhos juntos. Então, o apelo é para que avancemos na participação, na mobilização e na luta. Precisamos de vocês para isso. Contatem conosco! Abraços solidários.

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