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sábado, 27 de novembro de 2010

A síndrome do ninho vazio





 Quantas mulheres conhecemos que passaram décadas criando filhos, cuidando dos maridos, quando elas menos esperaram  olharam ao lado os seus companheiros saíram de casa e as abandonaram em busca de mulheres mais jovens. Essas mulheres perderam sua juventude,  não se profissionalizaram e os filhos também foram embora de casa, seguindo o ciclo natural da vida. Na sociedade moderna, em muitos lares essas mulheres servem para cuidar dos netos enquanto as mães e os pais trabalham, se divertem e viajam normalmente. Seguidamente ouvimos essas mulheres reclamando da vida, amarguradas  com o  sistema capitalista  injusto. Enquanto essas mães se matam para educar os filhos com a educação que elas não tiveram, ao se formar, esses filhos vão ao mercado de trabalho, o sistema capitalista os escolhe como se fossem um objeto na prateleira, enquanto as mães se tornam apenas telespectadoras dessa realidade cruel e injusta. O que fazer por essas mulheres companheiras? As mulheres intelectuais aos sessenta e cinco anos ou mais estão em plena atividade.  Não deveríamos copiar o sistema europeu onde as pessoas ao envelhecerem não servem para mais nada.

Pensemos sobre isso e construamos projetos para levar essas mulheres a um caminho, à cultura e à consciência de si mesmas.  Creio  que elas têm muito a contribuir com a nossa sociedade.

Amigas, essa é mais das tantas  questões que temos para resolver com nossas lutas em favor de mais direitos para as mulheres.

Não devemos separar as mulheres por idade, peso, opção sexual ou por raça. Referimo-nos a pessoas. Não há nenhuma mulher no Brasil, negra, homossexual, indígena, que ainda não tenha sofrido  preconceito ou violência ou os dois. Sabemos que  a violência não é só a do chicote e a verbal ou até a velada pelo que está do lado de fora dos nossos muros ou mesmo de quem está pelo lado de dentro.

Precisamos  pensar sobre isso e avançar mais, companheiras. Devemos pressionar  o governo  Dilma no sentido de que crie um ministério da mulher, gerido por mulheres, pois todas as leis foram criadas pelos homens. É tempo de mudança, não vamos cruzar os braços. Precisamos e devemos avançar.


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