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domingo, 28 de agosto de 2011

Moral e Imoral



Infelizmente, ao homem de hoje falta moral e sobra moralismo. Em geral, tais expressões são confundidas e tomadas como tendo um mesmo e único sentido. No entanto, vale lembrar que entre a moral e o moralismo há um verdadeiro abismo.

Nessa instancia as ações humanas são orientadas de fora para dentro. Em vez de racionalidade livre, há uma obrigatoriedade ditada por exemplos ou modelos morais.

O moralismo não incentiva as pessoas a pensar em como agir, mas a agir sem pensar. De fato, usurpando a boa fé de pessoas que abdicam de pensar. Antes de fazer qualquer coisa, aparecem os moralistas.

O individuo moralista parece sempre saber o que é certo, não titubeia nunca. Ademais, sabe o que é certo e bom para si e para os outros, e o que é pior, induz, quando não obriga as pessoas a agirem segundo ele julga correto. O moralista esta presente nas Igrejas deturpando a pregação de Cristo, alienando pessoas com a sua moral sempre usando o verbo “eu”. Quanto mais moralistas os “igrejeiros”, menos morais têm. Só pregam para os outros. Nos grupos sociais e políticos esses moralistas também se fazem presentes.  O moralista é um completo hipócrita. Mas antes fosse somente isso, ele é ainda uma ameaça às pessoas que procuram de forma sensata, ponderada e racional, dirigir suas vidas e ações.

O fato de o moralista levar o discurso moral ao extremo, isto é, ao ponto de reduzi-lo a não racionalidade das ações. Nas instituições educacionais e nas empresas são verdadeiros ditadores e perseguidores. Nas relações afetivas são machistas ferrenhos, trocam o uso da palavra amor pela atitude de controlador.

Colocam em xeque toda a possibilidade de ser ter uma legitima doutrina moral, baseada em princípios e valores flexíveis e raciocinados, e não apenas em sensacionalismos emotivistas ou puritanismos baratos , mas desusados , desrespeitosos e truculentos.

A capacidade raciocinada de o homem, por si próprio decidir o que é certo ou errado, o que é bom ou mau, o que é justo ou injusto, o que é nobre ou vil, o que é virtude ou vicio... Eis o que mais se aproxima da autenticidade moral.

Ora, o meio em moral é a instância na qual a gênese das ações opera no nível da racionalidade, isto é, como algo que orienta o homem a agir de determinada maneira, segundo a razão, a partir de costumes, hábitos e comportamentos individuais ou coletivos. Já no nível moral do moralismo, que é um extremo ou um excesso em relação à justa medida moral, parece que a racionalidade inexiste.

Deixemos os “ismos” dos moralistas de lado porque nada é mais imoral e pornográfico para meus ouvidos do que assistir nas madrugadas as pregações imorais, aos gritos desses pastores imorais como Silas Malafaia e entre tantos outros. Isso sim e pornografia e imoralidade. Indivíduos usurpadores que tiram valores milionários de pessoas que estão em estado de fragilidade extrema. O que é moral e o que é imoral?

Jucilene Pereira Barros

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