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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dilema angustiante: abortar ou não abortar?



A tão temida e preconceituada  "Lei do Aborto", que assusta os conservadores e ignorantes da realidade, habitantes de um mundo irreal... continua em debate pelo povo.

 Dialogando com duas jovens:  primeiro falarei sobre a conversa com Natália Martins. Ela é da idade de vinte e três anos, cursa o terceiro período de direito, é mãe de uma criança de um ano. Engravidou sem programar. Ao descobrir que estava grávida entrou no dilema da maioria das jovens com a mesma idade: abortar ou não abortar?  Cheia de culpa,  sua mente recheada de informações de um dogmatismo desusado  resolveu  dar a luz à  criança. Aparentemente a decisão  parece cheia de coragem. Afinal, uma jovem romântica como todas as que  acreditam que os homem assumem e criam filhos. Ledo engano. Natália hoje continua morando com a mãe.  É uma  jovem senhora,  modelo de mulher guerreira. A Natália e a mãe juntas criam  filho e neto. Hoje Natália é uma defensora da lei do aborto, trabalha em horário integral, escreve sobre o assunto e tem enormes dificuldades de voltar aos estudos.
 
Agora menciono o caso de Viviane, que tem a mesma idade de Natália. Viviane é Coordenadora do Projeto Rondon na UNE (União nacional dos estudantes), coordena também o PPL-MT, reside atualmente em Cuiabá- MT, é militante política e defensora da causa das mulheres, viaja por todo Brasil, livremente.  O que isso tem ha ver ou não com o aborto? Se uma jovem tem a saúde pública a seu favor para decidir ou não o que fazer e esperar o momento certo para ter filhos, estudar, ser líder, viajar, desenvolver e debater  idéias, profissionalizar-se e tem filhos com maturidade,  essa é a diferença entre as duas. Natália tem uma dupla jornada de trabalho, é  alegre,  criativa, inteligente, mas  adiará seus sonhos e, por isso, companheiras eu vos digo:  a Lei do Aborto muito foi discutida na campanha da Presidenta Dilma , agora precisamos avançar mas sem nos curvarmos às religiões machistas e nem às opiniões de quem nada sabe sobre as mulheres.

Expresso minha aprofunda admiração pelas duas jovens que  escrevem a história transformadora da mulher,  considerando a pressão do tempo que vivemos.

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