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domingo, 20 de fevereiro de 2011

DIZEM QUE A MULHER É O SEXO FRÁGIL

Falarei sobre  Rosana
 
Rosana é assistente social, mãe de dois filhos e faz parte deste novo modelo de família em que a mulher, ao separar-se do marido,  assume  a responsabilidade por inteiro de criar os filhos.
 
Criar filhos não é somente pagar pensão. Na maioria das vezes esse dinheiro não supre nem as necessidades básicas das crianças.

Vivemos em um mundo interligado e competitivo, por isso precisamos investir muito: tempo e dinheiro, para formar nossos filhos da melhor forma, garantindo que eles se capacitem para enfrentar o mundo, técnica e cientíiicamente. Como desejamos formar cidadãos completos, com valores e bons princípios, precisamos também oferecer a eles noções básicos de ética, religiosidade e respeito ao que representa a família, respeito à vida e ao planeta. Devemos ainda estimular nossos filhos a praticar, e valorizar as artes e os esportes. E, claro, precisamos manter diálogo permanente  através de linguagem, na maioria das vezes, desconhecida pelos adultos, por que crianças, adolescentes e jovens têm sua própria linguagem.

Se não mantivermos essa dinâmica, corremos grande risco de perder nossos filhos para outras companhias, como a criminalidade e as drogas, por exemplo.

A rotina de mulheres como Rosana que,  ao concluírem uma faculdade, precisam enfrentar o mesmo drama de muitos brasileiros que conhecemos: a corrida em busca do “tão sonhado trabalho". Essas mulheres enfrentam rotina injusta de trabalho, isso quando conseguem um. Na maioria das vezes trabalham em dois ou mais locais diferentes, enfrentando o injusto trânsito, ouvindo palavrões e as gracinhas que a maioria dos homens acha que pode e devem dizer a todas as mulheres. Essas heroínas precisam fixar o olhar no relógio, preocupadas com os filhos que estão em casa, creches ou escolas.


Não esqueçamos de que a vida de  uma mulher não se resume em trabalhar e cuidar dos filhos. Temos nossos próprios anseios. E eu pergunto, por onde andam os pais? Percebo que os homens, em todas as classes sociais, perderam o sentido de paternidade e responsabilidade para com a família. Casam-se com duas ou três mulheres, tem filhos, separem-se por motivos banais ou não. A partir daí os filhos  que ficam com a mãe passam a ser motivos de conversa, na maioria das vezes, para encantar outras mulheres. Qual de nós, mulheres, já não ouviu em uma conquista amorosa, ou roda de amigos, algum homem dizendo "eu amo meus filhos"?

 Na realidade homem não cria filhos. Quem os cria são as mulheres.
Se eles ficam com a guarda, imediatamente deixam a responsabilidade com suas mães ou com a  companheira do momento.


Temos que repensar o nosso conceito de relacionamento.  Muitos homens descobriram que as mulheres não são mais o sexo frágil e resolveram tirar proveito disso. Ao começarmos uma conquista amorosa pedimos para dividir a conta e, a partir daí, eles não se preocupam mais em ser gentis. 

E nossas responsabilidades, assim como nossa jornada de trabalho, só aumentaram porque pagamos as contas, cuidamos da educação dos filhos, das responsabilidades domésticas, nos maquiamos, vamos a academia, construímos carreira política, nos envolvemos com problemas de bairros etc. Sem esquecer que quem cria os homens somos nós, as mulheres.

E ai companheiras,  qual é o pulo do gato?
 
Meu sincero agradecimento a ilustre companheira Rosana, com profunda admiração, de modo muito especial , mas que se estende a todas as mulheres.

Jucilene P.Barros.



Diretoria da FDIM - Comitê Executivo 

MÁRCIA CAMPOS

 Desde muito jovem Márcia Campos se engajou nas grandes mobilizações pela democratização do país, contra a ditadura militar.  Já na universidade Márcia participava dos movimentos populares que reuniam as mulheres, os jovens, os trabalhadores que lutavam pelas liberdades democráticas no Brasil.  Ao final da década de 70, Márcia já era uma das grandes lideranças que percorriam o país  em prol da participação e organização das mulheres em suas entidades, sindicatos e associações de moradores.  Fundou a Confederação das Mulheres do Brasil – CMB que promove, em vários estados da federação, um trabalho com milhares de mulheres pela melhora das condições de vida, de trabalho, saúde, profissionalização, educação e soberania nacional. 
Márcia é membro conselheira do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres e do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social vinculados à Presidência da República do Brasil.
 É membro do Comitê Central, do Secretariado Nacional e da Secretaria de Massas do Partido Pátria Livre.
 Representa a FDIM na ONU, na UNESCO, na UNICEF, UNIFEM,  OIT, FAO, UNFPA, OPAS, OMS e OMC.  
 Eleita presidenta em 2002, Márcia é a primeira brasileira e a primeira representante do continente americano a assumir o mais destacado cargo da FDIM.
 

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