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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tentando fazer valer o meu tempo aqui nessa existência




            Recebi esse vídeo Teologia da Libertação de um amigo, em um momento oportuno. Hoje é12 de setembro e nos últimos dias o que mais ouvimos falar, lemos e assistimos nos telejornais, foi sobre o 11 de setembro dos Estados Unidos, o fato é que a mídia faz com que nos esqueçamos dos vários 11 de setembro da história, como o 11 de setembro no Chile. Entre notícias e notícias divulgadas pela mídia monopolizada, ela faz-nos esquecer de outras catástrofes com participação dos Estados Unidos como a bomba de Hiroshima, a Guerra do Vietnã, a recente Guerra no Iraque. Hoje nem se especula mais sobre como vive o povo iraquiano, mas há muitos alienados que choram apenas pelo 11 de setembro dos Estados Unidos.

Mas quero pensar sobre minha própria casa que é meu país, o Estado em que moro, a cidade, o bairro, o condomínio em que vivo, quem administra tudo isso, quais são as mãos de ferro e as ditaduras que me rodeiam. Quando vamos chegar a tão sonhada hegemonia e vivermos de fato a teologia da libertação?

 Para as mulheres a luta por igualdade começa no nascimento, e nascemos, vivemos e morremos em busca dessa libertação. Para todos os lugares que corremos há sempre um machista atravessando o nosso caminho. E não nos esqueçamos de que machistas não são só os homens, há mulheres, também. No mercado de trabalho temos que trabalhar dobrado, provar nossa capacidade a todo instante. Quando estamos entre amigos sempre temos que falar de delicadezas e não de discussões profundas.  Outro fator que me deixa indignada no momento é que sempre quem esteve no poder foram os homens.  A Ditadura Militar foi criada e executada por homens, como tantos coronéis aqui no Brasil, e no Chile o Pinochet e outros em outros países e alguns até no anonimato.

Tivemos nos últimos anos a sorte de termos como presidente um operário, o nosso eterno presidente Lula, que abriu as portas da política para as mulheres e fortaleceu a política da mulher. O seu braço direito no governo foi nossa atual presidenta Dilma Rousseff, como Ministra da Casa Civil, entre tantas outras. Diante da visão machista ela não pode errar agora, porque senão todas as mulheres pagarão a conta e cairá no esquecimento da maioria o que a direita fez até aqui com homens no poder, das privatizações feitas pelos tucanos nesse pais (e que continuam sendo feitas por banqueiros usurpadores), dos planos Cruzado e Collor e de todas as safadezas direitistas feitas até hoje na história do Brasil. Na política a mulher têm que trabalhar dobrado para conquistar seu espaço e não podemos  errar, companheiras!

Os homens, quando no poder, fazem de Brasília uma verdadeira Babilônia. Uma única fala da nossa querida Marta Suplicy num tom de brincadeira num aeroporto, quando disse “Relaxa e Goza”, teve um efeito bombástico. Não que eu concorde com a brincadeira dela encima do estresse dos passageiros, mas enfim nós mulheres não podemos errar. Obviamente que há homens que dedicam suas vidas aos direitos humanos, a promoverem conhecimento, a apoiarem as mulheres em suas lutas, a pregarem a Teologia da Libertação a todos e a lutar pela tão sonhada hegemonia dos oprimidos. Até porque não podemos nos esquecer de que a Teologia da Libertação foi criada por nossos pensadores, Juan Luis Segundo, Gustavo Gutierrez, Enrique Dussel, como Rubem Alves, Leonardo Boff, Dom Helder Câmara, Pedro Casaldáliga, entre outros.

Esta teologia, também assim chamada, utiliza como ponto de partida de sua reflexão a situação de pobreza e exclusão social, à luz da fé cristã. Esta situação é interpretada como produto de estruturas econômicas e sociais injustas, influenciada pela visão das ciências sociais, sobretudo a teoria da dependência na América Latina, que possui inspiração marxista. A situação de pobreza e desigualdade entre homens e mulheres é denunciada como pecado estrutural e esta teologia propõe o engajamento político dos cristãos na construção de uma sociedade mais justa e solidária, cujo projeto identifica-se com ideais da esquerda.

Gostaria de lembrar-lhes meus companheiros de que não pode haver libertação de uma sociedade onde a mulher vive em condição desigual, de submissão e até como objeto.

Nesse texto quero agradecer a um amigo que me presenteou com esse vídeo e com tantas outras informações que servem de conhecimento e apoio à minha libertação como mulher e formação intelectual, a mim e a outras tantas pessoas: o mestre e editor responsável pelo Jornal Hoje em Adamantina (São Paulo) Sergio Barbosa. Meus sinceros agradecimentos, professor, pela sua boa vontade em promover conhecimentos e apoiar aqueles que querem avançar, como você mesmo diz “fazer valer o nosso tempo”. E há outros homens (e mulheres) que fazem o mesmo.

Jucilene Pereira Barros, bom companheiras, diz o senso comum, que quem defende médico é médico, quem defende advogado é advogado, e quem defende as mulheres?

 Só conheço um caminho, companheiras, a partir da educação, de avançarmos politicamente, nos empoderarmos a cada dia e lutarmos incansavelmente pela nossa igualdade, escrever nosso nome na história e fazer valer o nosso tempo aqui nessa existência. É o papel de cada mulher: lutar e lutar!

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